CBHA
 
 
   
   
   Anais do XXXVII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte:
História da Arte em Transe,
Salvador-BA 8-12 de outubro de 2017
   
 
Apresentação
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Capítulos
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E-book Completo

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Colóquio do Comitê Internacional de História da Arte - CIHA2015
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  Anais do XXXVII Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte: História da Arte em Transe,  Salvador-BA 8-12 de outubro de 2017
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Organizado por: Luiz Alberto Ribeiro Freire, Tamara Quirico,
Arthur Valle, Marco Pasqualini de Andrade
ISSN: 2236-0719
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E-book publicado por:
Comitê Brasileiro de História da Arte - CBHA, 2018 [2017]
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O  “transe”  pode  ser  entendido como um  estado  alterado  de  consciência.  Na antropologia,  é  fenômeno  social  de  representação  coletiva,  no  qual  o médium  experimenta  um  sentimento  de  identificação  com  comportamentos correspondentes a determinada divindade ou entidade. A partir  desse  princípio,  provocamos  a  discussão  sobre  alternativas  de  outras  histórias  da  arte,  usando  um  corpus  próprio,  mas  incorporando outras  "entidades"  que  normalmente  não  frequentam  os  rituais  da  historiografia canônica, tanto em termos de objetos, quanto em termos de disciplinas.  Estar em transe,  para  a  História  da  Arte,  é  deslocar  as  percepções  consolidadas  e  estar  aberto  a  outras  experiências.  O XXXVII Colóquio  do  CBHA,  a  ser  realizado  na  Bahia, terra de todos os santos e de  tradicionais  terreiros,  incita  olharmos  menos  para  os  santos  e  dogmas europeus e mais para nossos próprios santos, entidades e sensibilidades. 

Para  que  o  espírito  se  manifeste,  ele  precisa  de  corpo.  Até mesmo  seus  desejos  são  saciados  com  oferendas  materiais.  Assim, o  subtítulo "(i)materialidades na arte" suscita a questão dos conflitos entre o material e  o  imaterial,  o  espiritual  e  a  lógica  da  arte.  Em tempos  em  que  a  preocupação com o registro da cultura imaterial tem estado presente nos debates  sobre  a  preservação do patrimônio, a esfera política atual colide  com  as  políticas  da  arte  e  o  conceitualismo  problematiza  a desmaterialização  do  registro  da  obra.  Contudo, a  complexidade  das  manifestações artísticas apresenta, quase sempre, uma indissociabilidade entre esses dois componentes - o palpável e o visível, o invisível e o dizível, experimentado  e  o  imaginado.  A questão preocupou  determinadas vanguardas  durante  o debate moderno, e agora, na contemporaneidade, tal  relação  tornou-se  mais dialética e profunda. É, pois, intenção do XXXVII Colóquio do CBHA promover um “terreiro” de encontros, tratando de temas e pontos de vista que abordem histórias da arte em transe e estimulem a discussão  sobre  a  manifestação  ou  desmaterialização  do  material  das propostas  artísticas  capazes  de  nos  fazer  experimentar  outros  pontos de vista.
     
   
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