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 Em
consonância com “Urdiduras metodológicas”, tema do colóquio de 2023, o
Comitê Brasileiro de História da Arte propõe para o presente ano, como
tema de seu evento, Tramas teórico-artísticas: teias, texturas e narrativas na História da Arte,
desdobrando assim a categoria metafórica relacionada à ideia de
tecelagem ou textilidade para abordar a pesquisa e a escrita histórica
da e sobre a arte. Se em um momento inicial, a urdidura consiste na
disposição dos fios paralelos ao longo do comprimento do tear, a trama,
por sua vez, designa os fios que se entrelaçam aos primeiros, mas em
sentido transversal ao da urdidura. Desse modo, é nesse processo
gradual e ordenado que se organiza e se desenvolve a construção do
corpo têxtil. .
 A
noção de trama representa, então, aquilo que se dá na sequência do
delineamento metodológico preliminar de uma investigação, explicitando
seus desdobramentos teóricos, analíticos e discursivos. A partir desse
conceito, convidamos propositoras e propositores a colocar em debate a
reflexão sobre como desenvolvemos nossas pesquisas, na etapa entre a
urdidura e a tecitura; ou seja, como concebemos os processos pelos
quais fundamentamos o discurso historiográfico artístico – por meio de
teorias, fontes, literaturas, etc. – no campo da história da arte, a
partir de seus diferentes encontros disciplinares.
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 Devido à polissemia do termo "trama", três diferentes grupos de questões podem ser evidenciadas: 1. Teias, redes, arranjos
– a trama representa as configurações que articulam diferentes
elementos e linguagens em um conjunto, colocando-os em relação, ao
mesmo tempo em que permitem conectar cada ponto com os demais; 2. Texturas, fiações, entrelaces
– cada trama possui características próprias, e as singularidades de
seus materiais, seus pontos de cruzamentos e suas conformações permitem
identificar a natureza e as especificidades de cada configuração; 3. Narrativas, enredos, fabulações
– há ainda a dimensão discursiva vinculada à trama, que contribui para
a fluência das ideias, organização e criação de enredos, apresentando
modos distintos de conduzir a escrita. Assim, propomos os seguintes
eixos, com a finalidade de orientar o alinhamento das proposições de
Sessões Temáticas a serem submetidas para configuração final do 44º
Colóquio do CBHA:
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 1. Teias: circulações, migrações, políticas;
 2. Redes: conexões, traduções, negociações;
 3. Arranjos: agrupamentos, organizações, imaginários;
 4. Texturas: materialidades, visualidades, processos;
 5. Fiações: operações, temporalidades, conformações;
 6. Entrelaces: cruzamentos, hibridismos, encruzilhadas;
 7. Narrativas: histórias, representações, narrações;
 8. Enredos: encadeamentos, temáticas, alegorias;
 9. Fabulações: memórias, ficções, invenções;
 10. Pontuações: corporeidades, gêneros, percepções.
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 Comissão de Organização do 44º Colóquio do CBHA
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 Vera Pugliese (UnB) – Presidente
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 Daniela Kern (UFRGS)
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 Eduardo Veras (UFRGS)
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 Ivair Reinaldim (UFRJ)
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 Alexandre Santos (UFRGS)
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 Ana Albani de Carvalho (UFRGS)
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 Bianca Knaak (UFRGS)
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 Dária Jaremtchuk (USP)
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 Luis Edegar de Oliveira Costa (UFRGS)
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 Mônica Zielinsky (UFRGS)
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 Nara Cristina Santos (UFSM)
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 Neiva Fonseca Bohns (UFPel)
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 Niura Legramante Ribeiro (UFRGS)
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 Paula Viviane Ramos (UFRGS)
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 Paulo César Ribeiro Gomes (UFRGS)
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 Ricardo Henrique Ayres Alves (UFPel)
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