Coordenadores:

Ana Maria Albani de Carvalho – UFRGS
Emerson Dionisio Gomes de Oliveira - UnB

Ementa:

Esta sessão temática tem por objetivo articular pesquisas voltadas para a produção contemporânea, com especial foco nos aspectos relativos aos processos de institucionalização, segundo uma abordagem crítica.
Considerando uma abordagem que privilegia o debate teórico e metodológico no campo da história da arte, indagamos sobre as relações de continuidade ou diferenciação, entre a produção recente - protagonista na cena global -, a arte realizada nos anos 60’ e 70’ na esteira dos conceitualismos e a arte moderna.

Neste recorte, considera-se a pertinência em operar com a noção de arte contemporânea como marco cronológico e/ou categoria estética.
As questões que marcam o debate atual sobre as relações entre a produção artística e o cenário cultural globalizado operam como marcos referenciais para discutir os processos de institucionalização relativos à arte contemporânea, os discursos e suas formas de mediação e compartilhamento. De modo mais específico, o lugar e as possíveis funções da crítica de arte e da curadoria no contexto da sociedade de consumo, assim como as opções em termos de políticas culturais – públicas e privadas – no âmbito das coleções e de uma geopolítica das exposições e do trânsito dos agentes, complementam a proposta temática desta sessão.

Antes de isolar a obra-de-arte, em toda sua complexidade atual, pretendemos debater como diferentes poéticas transitaram pela rede de instituições num novo cenário global. Numa perspectiva de que a obra-de-arte não existe apartada de todo um aparato que busca lhe conferir sentido.

A partir do proposto, buscamos um debate que tome a produção contemporânea dentro de um sistema institucional amplo (exposições, coleções, mercado editorial, salões, prêmios, espaços museais, narrativas da história da arte, crítica especializada, leilões, ensino etc.), cujo próprio sentido de “instituição” venha a ser problematizado, preferencialmente, a partir de uma postura crítica em relação ao estatuto do artístico e a uma história da arte linear. Desta forma, almejamos com a proposta desta sessão questionar como a produção dos últimos cinquenta anos foi afetada – numa acepção abrangente do termo – pelas instituições preocupadas com a memória, a fomentação, a difusão, a representação e a produção das artes visuais.

1. Arte contemporânea: categoria estética ou marco cronológico

2. Geopolítica da arte contemporânea: crítica institucional, corporações e marketing cultural

3. Arte contemporânea e Políticas culturais: entre o Público e o Privado

4. Arte contemporânea: coletivos, modalidades de compartilhamento e difusão

5. Colecionamento: coleções e sistema de patrimônio.

6. Curadoria e processos de significação.

7. Mercado e processos de distinção.