CBHA
 
 
   
   

 
INICIAL
Edital 
Convocatoria de Ponencias
Sessões Temáticas
Inscrições
Programação
Caderno.de.Resumos
ANAIS
Sobre a imagem

 
logo01.


Em 2025, o Colóquio do CBHA a ser realizado no Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília, encerará uma trilogia temática que iniciou em 2023, a partir da qual adotamos a tecelagem ou textilidade como categoria metafórica, como um mote para abordar a construção da pesquisa e do discurso na história da arte. Se, em um momento inicial, a urdidura consiste na disposição dos fios paralelos ao longo do comprimento do tear (43º Colóquio), a trama, por sua vez, designa os fios que se entrelaçam aos primeiros, mas em sentido transversal ao da urdidura (44º Colóquio). Desse modo, é nesse processo gradual e ordenado que se organiza e se desenvolve a construção do corpo têxtil, o tecido, sua extensão, amplitude, espessura, sua capilaridade, seus fios tramados em altos e baixos que dão corpo à estruturação teórica a partir de determinado objeto, mas também seus nós, retornos, desvios, esgarçamentos, rasgaduras, suturas, a delicadeza, a força, a coerência ou desencontros de seus entrelaços, trançados e contornos.
.
A noção de tecitura representa, então, aquilo que se dá na sequência do delineamento metodológico preliminar de uma investigação, explicitando seus desdobramentos teóricos, analíticos e discursivos, em uma complexa rede tramada por imagens, quadros teóricos, fontes, literaturas etc., no campo da história da arte e seus diferentes diálogos transdisciplinares. O termo “tecer”, assim como “textura”, vem de texere, da raiz indo-europeia teks (fazer), donde téchné em grego. Para além do âmbito da tecelagem e tapeçaria, associamos a ação de tecer aos entrelaçamentos da cestaria e da confecção de outros artefatos, como a produção de redes, com fibras vegetais, fios industriais ou enlaces virtuais. No desenvolvimento diacrônico do termo, músicos italianos seiscentistas se apropriaram do conceito de tecitura para designar não apenas o conjunto das notas produzidas por um instrumento, mas a organização desses sons, o entrelaçamento organizado da extensão da voz humana. Para soar melhor em sua fonética, adotaram a escrita tessitura.
.
A partir desses conceitos, convidamos propositoras e propositores a colocar em debate a reflexão sobre como desenvolvemos nossas pesquisas, na etapa posterior à urdidura e a trama; ou seja, como entretecemos o discurso historiográfico artístico. Desse modo, respeitando as especificidades das mais diversas pesquisas, indicamos a abertura do léxico em sete diferentes eixos, contemplando diferentes agrupamentos de questões entre tecitura e tessitura:
.
Eixo Temático 1. COMPOSIÇÕES: ORDENAMENTOS, ESGARÇAMENTOS e INSTITUIÇÕES
.
Eixo Temático 2. ENTRELAÇAMENTOS: NÓS, ENTRONCAMENTOS e MONUMENTALIZAÇÕES
.
Eixo Temático 3. CONTEXTURAS: TEXTURAS E TECIDOS HISTÓRICOS e ANTROPOLÓGICOS
.
Eixo Temático 4. TELAS (ÉCRAN E TOILE): MATERIALIDADES e ENQUADRAMENTOS CONCEITUAIS
.
Eixo Temático 5. AMPLITUDES: ULTRAPASSAMENTOS, SUTURAS e COEXTENSÕES
.
Eixo Temático 6. ATRAVESSAMENTOS: TRÂNSITOS, MIGRAÇÕES e FRONTEIRAS
.
Eixo Temático 7. EMENDAS: ESCALAS, ENREDAMENTOS e GÊNEROS
.
*    *    *
.
Comissão de Organização do 45º Colóquio do CBHA
.
Vera Pugliese (UnB/CBHA) - Presidente
.
Eduardo Veras (UFRGS/CBHA)
.
Ivair Reinaldim (UFRJ/CBHA)
.
Daniela Pinheiro Machado Kern (UFRGS/CBHA)
.
Adriana Mattos Clen Macedo (UnB)
.
Angela Brandão (UNIFESP/CBHA)
.
Bianca Andrade Tinoco (CBHA)
.
Cristina Antonioevna Dunaeva (UnB)
.
Daniel Fernandes (UnB)
.
Emerson Dionisio Gomes de Oliveira (UnB/CBHA)
.
Gustavo Lopes de Souza (UnB)
.
Heloisa Selma Fernandes Capel (UFG/CBHA)
.
Pedro Ernesto Freitas Lima (UnB)
.
Adriel Dalmolin Zortéa (UnB, doutorando)
.
Guilherme Moreira Santos (UnB, doutorando)