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  Sessão Temática 2TRAMAS HISTORIOGRÁFICAS E SEUS LUGARES DE ENUNCIAÇÃO
Coordenadoras/es: Arthur Valle (UFRRJ/CBHA), Fernanda Pitta (USP/CBHA), Paulo Gomes (UFRGS/CBHA) e Sílvia Borges (UFRJ)
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Ementa: Percebendo a historiografia da arte no Brasil como uma trama densa de saberes e não saberes, conhecimentos e (des)continuidades discursivas, a presente sessão –vinculada ao grupo de pesquisa "Lab | HABA - Laboratório de Historiografia da Arte no Brasil e Américas" – simultaneamente se alinha ao tema geral do 44º Colóquio CBHA e retoma a proposta da sessão "Futuros pretéritos: figurações da historiografia da arte no Brasil", que integrou o colóquio do Comitê realizado em 2022. Nesta edição do evento, interessa-nos vincular às práticas da historiografia da arte o conceito de trama, especialmente em relação àquilo que ele comporta de narratividade, ficcionalidade e fabulação, bem como a explicitação de pontos de vista e lugares de enunciação.
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Se a História da Arte, para se constituir como “ciência humanística", adotou procedimentos e terminologias que a conduzissem a um rigor metodológico, tal processo precisa ser problematizado de modo a reconhecermos neste campo de conhecimento sua singularidade na dialética entre objetividade e subjetividade. O próprio discurso da história da arte está implicado com aspectos subjetivos e intersubjetivos, pois quem escreve sobre arte assume também um papel ativo na experiência de recriação imaginária dos objetos analisados. Isso se verifica não só em relação a aspectos ditos fatuais – que podem ser mensurados, sistematizados e categorizados –, mas também em relação às escolhas inconscientes, mesmo inapreensíveis por critérios racionais. Em síntese, a própria escrita da História da Arte guarda uma proximidade com o caráter de criação dos processos artísticos.
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Convidamos propositoras e propositores a refletirem sobre os modos como se tecem as mais diversas tramas historiográficas e a expor seus entendimentos a respeito da criação, organização e encadeamento dos enredos elaborados por aquelas e aqueles que se dedicam a escrever sobre arte. Cremos que refletir sobre as tramas historiográficas exigirá, entre outros aspectos, que explicitemos as perspectivas e pontos de vista de quem enuncia o discurso e seus diferentes marcadores de diferença – como racialidade, gênero, sexualidade, classe social, interculturalidade etc. –, bem como a interseccionalidade destes. Assim, contamos com a participação de propostas que tangenciem os seguintes eixos centrais:
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• Modos de tecer tramas historiográficas, a partir de regimes discursivos, epistemológicos e de visualidade;
• Trânsitos de modelos plásticos e teóricos, assim como de vertentes historiográficas e seus diálogos transdisciplinares;
• História da arte e lugares de enunciação: a ordem do discurso e suas formas de regulação, restrição e interdição;
• A emergência do inconsciente e os regimes de temporalidade da arte, em retornos, deslocamentos e atravessamentos históricos;
• Entrelaçamento de visualidades e materialidades no campo enunciativo da historiografia da arte: figurabilidades, iconografias, iconologias e iconoclastias;
• Escrita como fabulação e outras narrativas que se colocam como criação, a partir da diversidade de agentes;
• Marcadores sociais de diferença, lugares de fala, subjetividades e a escrita da história da arte.
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