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Sessão 6 - HISTÓRIA DA ARTE EM TEMPO DE DE(S)COLONIALIDADE
Coordenação: Rogéria Moreira de Ipanema (UFRJ/CBHA), Dinah de Oliveira (UFRJ/CBHA), Raquel Quinet Pifano (UFJF/CBHA) e Sheila Cabo Geraldo (UERJ/CBHA)
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    Ementa: Nos últimos trinta anos, a arte, a história e a teoria da arte vêm atravessando o debate que se desenvolveu em torno do pós-colonialismo e do pós-modernismo - a crise das grandes narrativas -, mas também, em torno do processo de descolonização, ou decolonialidade, segundo Anibal Quijano e Walter Mignolo. Desde o fim dos anos 1990, surge a noção de giro decolonial, definido por Nelson Maldonado-Torres como um movimento de resistência política e epistemológica à lógica da modernidade/colonialidade. O grande diferencial vem da distinção entre os conceitos de colonialismo e de colonialidade, eixo da passagem dos estudos pós-coloniais para decoloniais. Enquanto o colonialismo denota uma relação política e econômica de dominação de um povo sobre outro, a colonialidade se refere a um padrão de poder que não se limita às relações formais de domínio, mas envolve também as formas pelas quais as relações intersubjetivas se articulam, o que implica em posições de subalternidade do ser, do conhecer, do pensar e do ver. A demanda de decolonialidade no campo da arte ativa o pensamento e a produção, em discursos éticos, estéticos e políticos ao criar visões de mundo que tomam existência, conflagrando uma voz cultural, que encaminha, necessariamente, as histórias e críticas da arte para o seu encontro. Métodos e metodologias, epistemes e epistemologias atravessam os interesses desta sessão e, neste sentido, a decolonialidade corresponde à uma possibilidade da construção de novas histórias da arte e das visualidades, cobrindo: revisões historiográficas; questões de imagens; estudos visuais; etnográficos; estudos de gênero, feminismo, patriarcado e machismo -; de raça, racialização e racismo e, expandindo-se em indagações teóricas. Esta sessão temática quer dialogar com as pesquisas que problematizam a arte numa perspectiva de leituras, análises e espaços de aprendizado a partir de alguns caminhos: a) Como reescrever a história da arte nas várias temporalidades e territorialidades na perspectiva decolonial? b) Colonialidade histórica e produção artística: o que (não) faz sentido? c) Colonialidade do ver e decolonialidade das imagens: usos e abusos. d) América Latina e os estudos decoloniais da arte. e) Arte e monumento: patrimônio e história sob disputa. f) Cosmologias e cosmografias: mundos em criação. g) Reflexões diaspóricas. h) Expressões das maiorias/minorias políticas - povos originários, negres, mulheres e LGBTQIA+.
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