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Sessão 1
- ARTE E VIOLÊNCIAS
Coordenação: Camila Dazzi (CEFET-RJ/CBHA), Fernanda Pequeno (UERJ/CBHA) e Niura A. Legramante Ribeiro (UFRGS/CBHA) |
| A partir dos pensamentos
de Judith Butler sobre “Vidas Precárias” e de Hannah Arendt sobre “A
Banalidade do Mal”, a sessão se debruça sobre as relações entre a arte
e as diversas formas de violência. Qual o papel das(os) artistas e da
arte diante dos processos de precarização da vida e de banalização de
violências? Como a imagem de arte, os anacronismos históricos e a
cultura visual podem produzir a reativação de memórias silenciadas?
Quais são as contingências para instalação de violências e como as(os)
artistas a elas respondem? Como os acervos, as exposições, as(os)
curadoras(es), as(os) artistas, as(os) críticas(os), as(os)
historiadoras(es) da arte têm tratado o assunto? Esta sessão
acolhe pesquisas que tratam das relações entre arte e os mais diversos
tipos de violências em diferentes tempos e espaços, através da
abordagem de seus diferentes aspectos físicos, simbólicos, estruturais,
econômicos, sociais, urbanos, patrimoniais, coloniais, sexuais, de
gênero, raciais, políticos, culturais e institucionais. |
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Sessão 2
- À SOMBRA DAS MELANCOLIAS
Coordenação:
Bianca Knaak (UFRGS/CBHA), Marco Pasqualini de Andrade (UFU/CBHA),
Raquel Quinet Pifano (UFJF/CBHA) e Rogéria de Ipanema (UFRJ/CBHA) |
| A cada tempo e lugar,
como nos mostrou Walter Benjamin, as percepções do mundo foram
tratadas, narradas e interpretadas à luz dos acontecimentos históricos
e subjetivos. Em tempos sombrios, como as guerras, as pandemias, os
governos autoritários e as ditaduras, por exemplo, as dimensões
públicas e privadas das criações, recepções e motivações artísticas
entrelaçam-se social, política, estética e culturalmente. Diante das
catástrofes, as manifestações artísticas tornam-se espaços simbólicos
de luta, resiliência, exposição da dor, desalento, como apontou Sigmund
Freud em Luto e melancolia, mas também de acolhimento, autoconhecimento
e esperança. As melancolias expressas no campo artístico-visual podem
ser aqui tratadas como sintomas e potências psicossociais, como
expressões de representatividade, dispositivos de reverberação das
forças coletivas, como autoimagens de empoderamento e encontros, e por
Levantes em Georges Didi-Hubermann. Receberemos comunicações que
investiguem e ampliem essas questões a partir de qualquer período
histórico e sob diferentes agenciamentos. |
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| Sessão 3
- ARTE E RESISTÊNCIA
Coordenação: Almerinda S. Lopes (UFES/CBHA), Blanca Brites (UFRGS/CBHA) e Maria Izabel Branco Ribeiro (FAAP/CHBA) | | Os
conceitos de protesto e de resistência talvez sejam tão antigos quanto
a própria arte. Se concordarmos com Friedrich Nietzsche que a arte
reflete sobre a vida e ajuda a lhe dar sentido, deve também exercer a
função de impulsionar protestos e contestações aos abusos de poder e
negação da verdade. Em um momento tão difícil da história da
humanidade, no qual o próprio sentido da vida é posto à prova e que a
arte e a cultura estão sendo desrespeitadas e manipuladas pelo poder
político que busca violar sua potência criadora, ela se faz necessária
para tornar a vida suportável. Esta sessão recebe propostas de caráter
polissêmico: imagens artísticas de diferentes tempos e/ ideias,
circunspectas ou irônicas, e trabalhos contemporâneos experimentais.
Convidamos pesquisadoras (es) a pensar em dispositivos de resistência
ou de denúncia contra a ordem colonial, autoritarismo político,
racismo, homofobia, questões de gênero, intolerância, vandalismo
ecológico ou ao patrimônio artístico/cultural, e modos de enfrentamento
desses e outros problemas. | | . | | Sessão 4
- ICONOGRAFIAS POLÍTICAS
Coordenação:
Arthur Valle (UFRRJ/CBHA), Fernanda Pitta (PinacotecaSP/CBHA), Paulo
César Ribeiro Gomes (UFRGS/CBHA) e Vera Pugliese (UNB/CBHA) | | No
contexto dos regimes totalitários na Europa, Walter Benjamin afirmou
que todo documento de cultura é um documento de barbárie. Hoje, quando
testemunhamos a Nachleben de
ideias fascistas, qual seria a operacionalidade dessa tese para
analisarmos as imagens políticas de diferentes latitudes e tempos
históricos, produzidas por dominadores e dominados? Essa Sessão pensará
a capilarização de modelos teóricos e plásticos numa historiografia da
arte crítica frente a genealogias, sobrevivências e atravessamentos de
imagens que portam valores, ideias, referências políticas. Irredutíveis
à dimensão do materialismo histórico, colocam-se as questões do
monumento e da imagem de massa em diferentes culturas e sociedades, sem
ignorar suas singularidades plásticas e inserções antropológicas.
Acolheremos trabalhos que problematizem a natureza da imagem em
processos identitários e de legitimação ou crítica de poderes, bem como
discursos que se dedicam a essa imagem, em diferentes contextos.
Abrimo-nos, portanto, a tramas de imagens que transitem entre
iconoclastia e propaganda política; poderes secular e religioso; cânone
artístico e imagem do cotidiano; mítico e dessacralizado; pathos e ethos. | | . | | Sessão 5
- O ATELIÊ COMO REFÚGIO E ESTRATÉGIA DE SOBREVIVÊNCIA
Coordenação: Maria do Carmo de Freitas Veneroso (UFMG/CBHA), Marília Andrés Ribeiro (UFMG/CBHA) e Neiva Bohns (UFPel/CBHA) | | Esta
sessão trata do uso dos espaços de trabalho dos artistas plásticos e
visuais (sejam ateliês, oficinas, estúdios, gabinetes etc), como
lugares de reflexão, produção, resistência e resiliência durante os
períodos de crise. A especificidade do trabalho dos(as) artistas
visuais, que difere de outras manifestações artísticas de caráter
eminentemente coletivo, permite um estado de concentração, muitas vezes
caracterizado pelo isolamento social, durante os processos criativos.
Serão admitidos trabalhos, sobre quaisquer períodos históricos,
incluindo a contemporaneidade, que investiguem os procedimentos
adotados pelos artistas que se mantêm (ou se mantiveram) produtivos
durante períodos críticos, como guerras, privação de liberdades ou
pandemias, seja por evitarem o contato com a brutal realidade, criando
universos particulares, seja por se manterem informados(as), ativos(as)
e combativos(as), buscando interferir nos processos políticos e
culturais dos países onde residem. | | . |
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