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Há poucas
instâncias em que a ideia de “arte em ação” se manifeste de modo mais
evidente do que no apotropismo. Nas mais variadas coordenadas
espaço-temporais, criaram-se objetos de que uma de suas finalidades
principais seria a de afastar malefícios. Amuletos, varinhas, sinos,
chocalhos, imagens religiosas, etc., foram com frequência concebidos
enquanto objetos capazes de efetivamente proteger indivíduos ou grupos
sociais contra uma dada fonte de perigo – seja esta uma pessoa, deidade
ou entidade mágica. Do nazar boncugu originário
da atual Turquia a crucifixos; de amuletos representando falos, no
antigo mundo romano, às gárgulas esculpidas em igrejas e catedrais
europeias; figas, balangandãs, máscaras, talismãs, carrancas
– são inúmeras as instâncias em que objetos foram fabricados
a fim de proteger quem os portasse em seu corpo, casa, navio, entre
outros. Esta sessão temática pretende reunir apresentações variadas ao
redor do tema do apotropismo na arte, considerando, sobretudo, a
capacidade que objetos apotropaicos, enquanto manifestações religiosas,
culturais e artísticas, possuem de atuar afirmativamente no mundo.
Possíveis tópicos para comunicações e pôsteres incluem, dentre outras
possibilidades:
- Usos
apotropaicos de objetos artísticos (pinturas cristãs, esculturas
greco-romanas, etc.)
- Relação entre arte, religião e apotropismo
- Gestos apotropaicos nas artes e literatura
- Talismãs, totens, fetiches ou outros objetos apotropaicos
São
bem-vindas propostas que abordem temas específicos ou que comparem
manifestações artísticas apotropaicas produzidas em diferentes
contextos espaço-temporais. |